domingo, 21 de abril de 2019




*KARMA e PERDÃO* – é o tema que ficamos de discutir, trocar ideias, enfim...ainda que no grupo poucos ou quase ninguém promova interação (como deveria ser) espero sempre que a leitura possa ser instrumento de reflexão daqueles que fazem a leitura. Se, porém, nem a leitura fazem, é valido reconsiderarem o que esperam da vida, sem o sentido de que só depende dos próprios a se organizarem.

Segue.

Sobre o KARMA, sempre complicado dizermos que ISSO O DEFINE, porque não temos dimensão de fato do que vem a ser. Eu posso, por exemplo, DIZER QUE ENTENDO O KARMA, e ele me for de benefício (merecimento). Mas fico irritado e intransigente, quando ele me é de cobrança (efeito de alguma causa).

Em varias culturas, o KARMA é considerado, na síntese, como destino.

Mas se temos um DESTINO, teríamos livre arbítrio por sobre ele? Se temos um LIVRE ARBITRIO, nosso destino só depende de nós e do que fazemos sobre ele (nossa caminhada, estrada, própria vida). Se não temos um LIVRE ARBITRIO, e se temos então apenas DESTINO/KARMA, dane-se todo o resto, pois de nada adianta meus esforços (que já são poucos), sendo que sobre nada deles eu terei de reconhecimento, afinal O MEU DESTINO JÁ ESTÁ TRAÇADO.

A prova de que eu (nós todos) temos um LIVRE ARBITRIO é a “liberdade” que temos de pensar como desejamos e que melhor nos for conveniente sobre o tema, simples assim.

Sou livre para pensar como desejo, MAS O MEU PENSAR desejável não mudará o que se aplica a LEI.

Sou manifesto em ações, responsáveis pelas reações.

Karma, culpa. A contramão do karma é o Dharma.

Carpe diem. Legal e “descolado” ter isso tatuado, né? Curta o momento, afinal ele é único.

Mentira, o momento será ETERNIZADO em sua consciência a partir do refluxo das manifestações que você fizer sobre ele. O BEM QUE SE FAZ ecoa por todo sempre. O MAL QUE SE FAZ também. Não é coisa de UM MOMENTO, mas sim de eternidade.

Sobre o PERDÃO, desculpa, indulto. Determinar LIBERTO de cumprir com o KARMA em nossa direção, aquele que eventualmente cometeu alguma falha. A ele (ela) perdoamos.

Se o karma é fato, PERDÃO É META.

Porém, ainda na estrada, na longa caminhada das transformações do nosso ser, praticamos pequenos deslizes por conta do nosso livre arbítrio (não dá mais para falarmos que somos ignorantes, e por isso erramos, pois temos consciência dos erros que cometemos, ainda que por eles possam descer justificativas, ERRO  É ERRO, simples assim), do qual sobre eles eventualmente iremos proceder adiante com os mecanismos da lei. CAUSAMOS, iremos reverberar o EFEITO logo mais, de uma forma ou outra.

Karma é aquilo que IREMOS PASSAR, é algo que, do ponto de vista espirita, está em nosso caminho afim de que, na lição, POSSAMOS nos fazer melhores. Karma é a PROVA DO SARESP, Karma é a renovação da CNH para quem já ta com 7 pontos na carteira. Karma é ver a pedra e tropeçar, mesmo dando tempo de desviar, ou se já fosse mais previdente na caminhada, e ainda culpar quem deixou a pedra ali.

Se é algo que precisamos passar, PRECISAMOS PASSAR. Compreender como algo RUIM ou não, vai claro, da nossa pequenez e da forma com que compreendemos o que aquilo nos quer dizer como lição.

Mas, no que se refere o tema composto de KARMA e PERDÃO? Ora, e se o meu karma (as coisas dos quais eu tenha que passar) for justamente para que eu possa elaborar a remoção da vaidade e do orgulho, e propor (deixar fluir) o sentimento do perdão?

O perdão, este, por sua vez, assim como o AMOR, só o é de verdade quando ele é verdadeiro. Não existe redundância na frase, observem.

O karma pode ser a ferramenta que nos empurra em direção daquilo que precisamos entender, enfrentar. Se em nós brilha uma luz, na parte profunda da alma, o Karma pode ser o mecanismo que exerce PODER DE FORÇA afim de que se quebrem as barreiras que não permitam com que essa luz se apresente.

O orgulho e vaidade, ambos irmãos rebeldes, só são educados quando o Karma nos obriga a enfrenta-los de forma intima.

Com orgulho e vaidade, até perdoamos. Porém será um perdão regado puramente de ORGULHO E VAIDADE, nada mais do que isso.

Preciso fazer com que o outro saiba que eu estou lhe perdoando, e vaidoso que sou, farei isso enquanto outros possam assistir, mas não tenho ideia de que estou com isso, propagando a humilhação do meu desafeto.

Lá na frente o karma age e eu me pergunto “..porque estou sendo humilhado?..”

Eu poderia falar de família (que era o objetivo do texto) mas, prefiro deixar para que reflitamos como UNICIDADE DE EXISTENCIA.

Preciso entender e aceitar as cargas kármicas (não as físicas, pois estas já entendemos no sentido da DOENÇA/AUTO CURA, mas as que se referem a moral e comportamento intimo), afim de que com isso inclusive eu possa ME PERDOAR dos males que causo a minha própria pessoa.

Neste exercício, CONSTANTE, é provável que eu consiga SUAVIZAR os karmas propostos, que virão adiante, PERDOANDO-ME ao reconhecer que, se assim passo, É PORQUE cometi ato falho lá atrás.

Se o karma não se pode evitar, o perdoar não equivale a esquecer.

Se ME PERDOO pelos meus atos, preciso lembrar do karma passado afim de que não os repita, para que não encontre adiante o mesmo karma, agora diferenciado, talvez mais poderoso, duro e indiscreto.

O assunto é extenso.

Acho que por hora já é o bastante para dar uns nós, ou desfazer outros.

Bom domingo.

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