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sábado, 28 de janeiro de 2017
domingo, 22 de janeiro de 2017
ESPIRITISMO X UMBANDA – é possível uma união?
Sim, é possível, e essa é a
marcha do progresso, que incessante, não se furtará a estacionar, por conta de
membros de ambos os lados, que preferem sugerir que estas duas filoreligiões,
necessitam permanecem como esta.
E como isso é possível?
Justamente porque a premissa de ambos e a MEDIUNIDADE. Kardec em O LIVROS DOS
MÉDIUNS já deixou claro que aquelas obras não eram definitivas sobre o assunto
mediunismo e suas relações e que o estudante necessitaria ter avidez para que
congregasse o máximo de conhecimento. Esta na introdução de O LIVROS DOS
MÉDIUNS, eu não estou inventando isso.
Ambas as propostas são
semelhantes em suas premissas, a umbanda só bebe do sincretismo, justamente
porque em seu surgimento, muitos kardecistas (uma parcela de classe que existia
no Brasil) a marginalizou...mas lembremos, o primeiro manifesto de umbanda foi
dentro de um CE “kardecista” e só saiu dali, por conta de que os “dirigentes” evoluídos,
rs...disseram que “Pai Antônio” era uma entidade atrasada por conta do seu
sotaque..Chega o Caboclo das 7 encruzilhadas e diz “...se não cedem espaço aos
nossos trabalhos, fundarei com esse médium (o Zélio) outra religião que
congregará tudo o que há de paz e amor..” e ai surge a umbanda..que corrige
muito do que era feito nos ritos africanizados, dos mesmos escravos que, soltos
da senzala, tinham sido impostos da aceitar os santos católicos a base de chicote
e ferro quente.
Kardec trata o hotentote como
sendo uma raça inferior e por isso muitos dizem que o espiritismo, em seu
começo, era racista, pois foi elaborado em doutrina pelo homem francês, de pele
branca..e isso é história, a quem interessar, por favor, vá a pesquisa.
O espiritismo só é religião no
Brasil, em qualquer outra parte do mundo ou ele é ciência ou ele é filosofia,
acredito que ele tenha ganhado o escopo de religião por conta de Chico, justo
este (o mesmo Chico) que tinha uma relação carinhosa com a umbanda, inclusive
com intercambio entre as casas. No livro LIBERTAÇÃO André Luiz encontra “o
magistrado”, agente da LEI, que nada mais é do que o SR “CAPA PRETA” da
umbanda...André encontra os dragões, que também tem um papel importante na Lei,
dragões este décadas mais tarde, Robson Pinheiro cita em seus livros..
Somos médiuns e o limite do
médium, é somente aquele limite que o médium se dá. O compromisso espiritual
(reencarnatório) de uns, não é igual para todos e se o médium tiver um
compromisso de trafegar com destreza e harmonia entre as duas linhas, que mal
há nisso? O médium de passe pode aplicar Reiki, ou vão dizer que “espiritismo e
reiki” não combinam?
Agora, sejamos francos...Nem tudo
o que dizem é espiritismo “kardecista”, assim como nem tudo o que fazer é “umbanda”..mas,
os amigos da espiritualidade não tem culpa por aquilo que é feito no plano da terra.
O “querido amigo anjo da guarda” de muito CE, que se apresenta como sendo uma
figura perispiritica enorme, nada mais é do que um EXU que foi designado por espíritos
superiores, a promover esse nobre trabalho. Quem toma conta do “umbral” é uma
casta de exu´s, justamente para não deixar que espíritos maléficos possam sair
de lá e nos atacar em nossas reuniões, e eles só saem de lá (estes espíritos,
incrustrados na raiz do umbral), sob permissão divina, quando chegada a hora do
resgate, da sua evolução.
Médium de passe, que esta na câmera
de passe, e que concentrado, ESTALA OS DEDOS, possui um preto velho do lado,
que faz isso para marcar o compasso cardíaco do médium, para que a concentração
não desapareça..
Acreditem, existem mais
semelhanças entre as duas ideias, do que diferenças, e sim..no espiritismo, na
sessão mediúnica, também existe RITOS/RITUALISTICAS, como são as reuniões da
umbanda, como é no catolicismo, como é no ROSA CRUZ e etc...
Respeito que pensa o contrário,
mas isso é um progresso que chega lentamente a todo o canto, e não é o nosso
querer que fará com que isso cesse. Nosso Lar precisou de 50 anos para
liberação da FEB, porque ela achava aquilo tudo um absurdo...e hoje, é um dos
livros essenciais ao estudo espirita.
O evangélico protestante é
preconceituoso (beira até ódio) com o Kardecismo, o Kardecismo não pode fazer o
mesmo, sendo preconceituoso e separatista com a umbanda...pois a umbanda é uma
coisa só, é paz e luz..O que alguns dirigentes fazem, não é culpa da umbanda, assim
como o que alguns “doutrinadores” fazem, não é culpa do Espirito da Verdade, o
próprio Jesus.
Chico diz que a umbanda é de fé,
montada por irmãos dos quais nós devemos profundo respeito. Divaldo Franco diz
que a umbanda é formada por espíritos ignorantes...Eu fico com Chico, até
porque se Divaldo considerar a umbanda com aquilo que fazem na Bahia (terra
dele), ele esta analisando pelo umbandomblé e o candomblé, não a umbanda (aun
ban dan). Fico com Chico.
.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
PARTE VII – INICIAÇÕES E PROFUSÃO DOS TRABALHOS
Lembrando que a separação se deu
mais por conta dos homens, do que por conta das entidades, e lembrando que
muitos homens desencarnados se manifestavam como sendo entidades, mas de fato,
eles queriam encontrar espaço para a exposição de seus fatores kármicos.
Os ritos são diferentes, na
iniciação mediunida entre candomblé e umbanda? SIM, são..e dependem
exclusivamente do compromisso do filho de fé com a doutrina escolhida, que é
INCONSCIENTE, que já vem de outras vidas inclusive.
Candomblé faz o mal? NÃO,
mas..podem existir manifestações sem rigor em algumas casas, onde junta de um
lado uma entidade que se predispõe a atender todo tipo de pedido, e um
consulente que foi la bater cabeça, ficar de joelho e oferendar, para tomar o emprego
de alguém, para trazer a pessoa amada de volta, etc...
Isso não é uma exclusividade das
religiões, pois na terra temos policial bom e ruim, médico bom e ruim, vizinho
bom e ruim...depende do que é a nossa vibração, para que nos aproximemos mais
de um do que de outro. Não iremos pedir a um policial ruim para que ele faça
algo bom, e nem pediremos a um policial bom para que ele nos ajude em coisas
ruins...
É assim também na religiosidade.
Umbanda é do mal? Claro que não,
UMBANDA (AUN BAN DAN) é o CONJUNTO DAS LEIS DE DEUS, e tem em seu braço
auxiliar, a QUIMBANDA, o exercício da execução da LEI DO KARMA.
Se no espiritismo kardecista
temos JESUS EXPLICANDO, na umbanda temos JESUS TRABALHANDO, e no Candomblé
temos JESUS FAZENDO MAGIA, rs...
Existem em todos os ritos pessoas
que podem deturpar, levar ideias contrarias ao próprio fundamento da religião,
não é diferente no kardecismo, nem no catolicismo, nem no protestantismo,
porque seria diferente na umbanda e no candomblé?
E o que separa de fato, CANDOMBLÉ
da UMBANDA?
Pelo ponto de vista ESPIRITUAL,
ASTRAL, a tendência religiosa, onde o compromisso assumido anteriormente pelos
filhos de fé (sim, isso faz parte do nosso planejamento reencaranatório, para
também domarmos nossa condição kármica) e no ponto de vista TERRENO, o
fundamento religioso de cada uma delas.
Infelizmente na umbanda, existe
muita mistificação, onde por exemplo, uma mae de santo que fazia coisa errada
(sob orientação de seu guia), desencarna e não é resgatada, fica vibrando nessa
faixa nossa planetária, até encontrar uma outra mae de santo, que tem a mesma
índole estranha, e então essa desencarnada, se apresenta como POMBA GIRA alguma
coisa, e a médium, sem rigor, sem controle (porque o orgulho diz que ela já
sabe de tudo) acaba aceitando como verdade isso, e é onde então encontra-se
mais uma vez o espaço para dar vazão ao que é de ruim nas manifestações, ao mal
manifestado, praticado, desorientado.
No candomblé de topo e/ou na
umbanda intermediaria ou esotérica, já não existem espaço a estes filhos de fé,
pois o orientador da casa (que pode ser na umbanda um caboclo ou exu de lei, e
no candomblé pode ser um dragão por exemplo) não permite a permanência nem do
médium, nem das entidades que o médium traz consigo...
As vezes as entidades ate
permitem pouco trabalho, para ver se tem chance de recuperação, mas..em não
existindo, bem...voces já devem ter ouvido falar das historias de pai de santo,
mae de santo, que desencana girando, não é ?
É a entidade chefe do terreiro,
que ESGOTA ALI O KARMA daquela pessoa, evitando que ela possa, USANDO O NOME
DAS ENTIDADE, continuar fazendo coisas que são erradas, contrarias ao próprio
manifesto religioso, que vem de RELIGARE, união a DEUS.
É isso, espero que tenham
gostado, assim como eu espero que não tenha ferido nenhum irmão ou irmã, com
algo que possa ter sido digitado, mencionado acima e nos outros tópicos.
Axé.
Concluído pessoal, são 7 partes:
PARTE I – UMBANDA E CANDOMBLÉ SÃO A MESMA COISA?, PARTE II – O QUE VEM A SER O
RITO DE CANDOMBLÉ ? , PARTE III – RITOS ADAPTADOS PELOS ESCRAVOS AQUI EM TERRAS
BRASILEIRAS, PARTE IV – SURGIMENTO DOS PRIMEIRO MANIFESTO DE UMBANDA, PARTE V –
MANIFESTOS INCORPORATIVOS EM CE´s KARDECISTAS E A UMBANDA DE ZÉLIO DE MORAES.,
PARTE VI – OUTRAS BANDAS, OUTROS RITOS, OUTRAS CULTURAS e PARTE VII –
INICIAÇÕES E PROFUSÃO DOS TRABALHOS. Vou compilar melhor e deixar exposto no
blog também, e peço desculpas pela extensão dos textos e acima de tudo, perdão
caso algo ali digitado possa ter ferido um irmão ou irmã de fé desta
comunidade, o objetivo é o intercambio, aprender para somar, jamais separar...
Aranauan !!
PARTE VI – OUTRAS BANDAS, OUTROS RITOS, OUTRAS CULTURAS
Como comentado, explicado o
Candomblé e a Umbanda, mas..existiam uma serie de ritos que eram manifestados
sem controle algum, nem dos pais de santo, nem dos médiuns, pois não existiam
profundidade de estudo para isso, e os nomes que foram dados, foram sendo
sempre na forma de depreciar estes ritos.
Lembram do RITO DE CABOCLO?
Existiam apenas o RITO DE EXU, que era algo pavorosamente ruim, banhado de
muito ocultismo, de o que chamamos hoje de MAGIA NEGRA, mas..eram exus de
verdade que se manifestavam? Não, eram os mesmos escravos que, desencarnados,
não conseguiram mais o seu espaço no CE KARDECISTA e nem conseguiram espaço na
linha de umbanda (a do Zélio) por conta da faixa vibratória (ou seja, por conta
de índole mesmo).
A maioria dessas entidades foram
encontrando espaço no CANDOMBLÉ ritualístico, onde com bastante trabalho e
dedicação, uma legião de entidades que administram e toma conta desse rito, com
origem e pureza, permitiram que essas entidades (espíritos de irmãos
desencarnados) se manifestassem, afim de que expondo seu conhecimento para o
BEM COM NEUTRALIDADE, fossem esgotando sua condição KÁRMICA.
Imaginando que fosse uma ESCALA
DE EVOLUÇÃO, essas entidades (que erroneamente muitos dizem que são TREVOSAS)
encontraram espaço no CANDOMBLÉ justamente para esgotar seu KARMÁ, mudar a
veste perispirítica, a condição natural de sua mente, afim de que com o tempo,
conseguisse espaço a manifestação dentro de outras linhas, que ai sim, pode ser
a UMBANDA.
Mas, cada médium, cada chefe de
terreiro, cada pai de santo, cada conjunto de médiuns, de filhos de fé,
passaram a defender uma ideia de rito, que é onde da origem a SEPARAÇÃO (de
algo que sempre tentou ser unido), por isso que podemos dizer que dentre as
bandas, cada banda gira de um jeito, de uma forma...algumas infelizmente,
desassistidas de complemento de luz e paz...
Umbandomblé, Umbanda traçada,
umbanda de terreiro, umbanda intermediaria, umbanda esotérica (esta é até mais
recente, veio através do Pai Guiné e do Matta e Silva, para organizar um pouco
mais ainda).
PARTE V – MANIFESTOS INCORPORATIVOS EM CE´s KARDECISTAS E A UMBANDA DE ZÉLIO DE MORAES.
Esta parte é inacreditável,
difícil de entende que foi assim que aconteceu, mas..é a verdade. Vamos
acompanhar:
Quando o kardecismo chegou ao
Brasil, por volta de 1870 vindo através dos filhos de fazendeiros que foram
estudar na europa, e voltaram com aquela ideia fixa de REFORMA INTIMA,
REENCARNAÇÃO, AÇÃO E REAÇÃO, CAUSA E EFEITO, etc... começaram a surgir os grupos
e centros de estudos e fenômenos de mediunidade...Ocorre que muitas das
entidades que se manifestavam, eram justamente os escravos que desencarnaram
nessas terras, e eram manifestações grosseiras, violentas...Voces fazem ideia
de quanto escravo que conhecia tudo de orixá desencarnou, e chegou ao plano
astral com sintoma de vingança, e conhecedor de causas e efeitos, deve ter
obsediado a família do homem branco que o escravizou?
Vamos ver as datas para que não
nos perdemos: inicio da escravidão no Brasil, logo em 1500...final da
escravidão no Brasil, metade do ano de 1800, surgimento do espiritismo na
europa, 1830 mais ou menos, surgimento do espiritismo no Brasil, mais ou menos
em 1870.. ou seja, num espaço de 100 anos (que não é muito) olha quanta coisa
pelo ponto de vista espiritual, aconteceu aqui por essas terras !!!
O kardecismo não sabia considerar
ajuda ou tratativas, aos manifestos violentos, não existiam estudos e
orientação sobre obsessões, sobre manifestos de entidades de outros ritos.
Foram muitos os manifestos incorporativos de ex escravos, desencarnados, que
faziam cultos ao orixás (podendo até ser ao orixá exu) e que se manifestava com
raiva, com ódio, com ideal de vingança, no centro de mesa branca, no centro
kardecista propriamente dito.
O kardecista não sabia o que
fazer com isso, corria muita historia pela boca do povo da época, que o
CANDOMBLÉ mandava suas entidades no centro kardecista, para poder acabar com
tudo, mas isso é mentira, isso foi para marginalizar o CANDOMBLÉ, assim como
fizeram depois com a UMBANDA.
Bom, passa o tempo, surge o Zelio
de Moraes (do qual todo mundo aqui sabe a história) e em um CE kardecista, ele
da passividade ao Pai Antonio, que levanta e pega uma flor no jardim e coloca
na mesa. O povo todo pede para a entidade ir embora, considerando que “preto
velho” era entidade atrasada, sem conhecimento... Pai Antonio desincorpora, e
vem o Caboclo das Sete Encruzilhadas e diz “..se não cedem espaço a nós, amanhã
as 20hs vou junto com esse aparelho (o Zélio) dar origem a outra religião, onde
existirá o espaço para nossas manifestações..”
No outro dia, na hora marcada, o
Caboclo das Sete Encruzilhadas da origem a UMBANDA no Brasil (o nome umbanda já
existia, mas ele vem CONGREGAR a ideia de paz e união, de restauração dos
ritos, e de amplitude de ação aos irmãos africanos que, conhecedores de ritos e
leis, manifestavam-se por ódio e vingança).
É ai então, o que podemos dizer
como sendo o PRIMEIRO MANIFESTO UMBANDISTA, organizado, ritualístico e com
virtude de recuperação, de trato e instrução.
Outros ritos aconteciam, e eu vou
falar rapidamente deles, na próxima parte.
PARTE IV – SURGIMENTO DOS PRIMEIRO MANIFESTO DE UMBANDA
Precisamos ter em mente que,
historicamente, muitos índios também foram tomados como escravos, a medida que
o homem branco europeu avança sobre suas terras. O índio vivia em plena paz com
a natureza, com seus povos, assim como era o povo primitivo africano. Muito
índio forte, guerreiro de tribo, foi tomado como escravo, ou seja..neste
momento (histórico) começa a FUNDIR duas ideia de ritos: o culto aos orixás,
primitivo e fecundado na africa mãe, e o culto a natureza, a ritos de cura, de
oferenda e agradecimento, que eram cultuados pelos índios aqui em terras
brasileiras.
Segue o rumo, passa o tempo,
muitos dos escravos velhos, que já não trabalhavam, eram incapazes do trabalho
pesado, para que não ficassem influenciando os jovens, foram libertados,
expulsos das senzalas..e em não tendo lugares a ir, foram muitos desses, se
juntar com os chefes de tribos indígenas, os xamãs, conhecedores das leis e das
forças da natureza, e foi onde parte desses senhores negros, ex escravos, já
bastante velhos em suas idades, foram encontrar espaço para a retomada de suas
ritualísticas. Começa ai o que pode ser chamado de MANIFESTO DE CABOCLO, rito
de caboclo. Eram ritos de orientação, de cura, completamente incorporativos,
muitos intuitivos, dos quais uma legião de irmãos desencanados encontraram
espaço para as primeiras manifestações, que repito, eram INCORPORAÇÕES
INTUITIVAS, com um grau de consciência enorme dos médiuns (índios ou escravos)
que ali praticavam o culto.
Já não eram feito em senzalas,
nem usava-se o sincretismo, pois o velho escravo estava liberto, então ele foi
adaptar seus manifestos, aos manifestos já praticados pelos índios.
Eram ritos de tratativas de
orientação tribal, fomentados e destinados a cura, seguimento e necessidade de
manutenção da origem religiosa, mas ainda não era a UMBANDA como hoje
conhecemos.
Em alguns estudos, dão o nome de
RITO DE OMULU, RITO DE NAGÔ, RITO DE CONGAR (povo do Congo), RITO DE PAJÉ e
vários outros nomes..tentando deixar claro no nome, de onde era a origem do
povo que se manifestava, bem como de quem os cultuava, pois os escravos eram de
varias partes da africa, de varias tribos, e cada rito “ganhou” o nome de seu
povo.. mas isso com o tempo, pelo menos aqui no Brasil, deixou de existir..
PARTE III – RITOS ADAPTADOS PELOS ESCRAVOS AQUI EM TERRAS BRASILEIRAS
Vamos lembrar que o Brasil foi um
dos países que mais receberam escravos, vindos dos povos tribais da africa ou
seja, dos povos que lá na africa, já cultuavam eus aspectos religiosos..desde o
ano de 1500 o Brasil começou a receber esses povos, para trabalharem, mas eles
só foram escravizados de fato, aqui...sairam de lá com uma promessa, e só viram
que eram escravos, quando cheagram aqui, pela dominação do homem branco europeu
(o português, o espanhol).
Lá na África, nas tribos, ficaram
as mulheres adultas, as extremamente novas, os velhos e as crianças masculinas
que eram incapazes a algum tipo de trabalho, o resto do povo, veio tudo para
cá, para o nosso continente..
O povo que ficou lá na Africa,
deu continuidade aos seus ritos, conforme eu já descrevi como eram, nos tópicos
anteriores, mas chegando aqui, até por imposição de outros povos (o homem
branco dominante europeu), o africano nato, de raiz, precisou se adaptar para
dar continuidade em seus ritos, inserindo em sua cultura primitiva, modelos do
que era o braço católico da época, sendo então começado a ser feito ai, o
SINCRETISMO ou seja..a adoção de imagens de santos católicos, como sendo dos
orixás e vice-versa, pois ou era isso, ou era a morte. Não haviam conversões de
fato de escravos ao catolicismo, pois eles continuavam cultivando seus ritos de
raiz, através e/ou escondido, pelos ritos que lhes foram ou eram impostos pelos
católicos, que era de total origem europeia.
Sobre o sincretismo e uso de
imagens, acho que não é preciso explicar, porque fazemos isso de forma
automática, exemplo...OGUM/SÃO JORGE, etc...e assim por diante.
Lembra que eu escrevi que ORIXÁ
NÃO INCORPORA? Nos ritos, nas evocações, quem incorporava, intuía, se
manifestava, eram os (como chamamos hoje) pais de santo, chefes e orientadores
antigos das tribos, que deram origem e inicio ao culto e compreensão dos
orixás..e que desencarnaram lá na Africa, não vieram para cá como escravos,
mas..o escravo primitivo que veio trazido lá da sua tribo, o acesso que ele
tinha ao rito dos orixás, eram através desses “pais de santo” (to adaptando o
nome para ficar de fácil entendimento), então em atendimento a suas evocações,
aos ritos, rezas e pajelança aqui aplicados (já com o sincretismo), eram então
atendidos por esses indivíduos que já estavam desencarnados, mas que
continuavam orientando, intuindo o seu povo, mesmo sendo agora em outro
continente.
O candomblé de raiz africana,
continuou então sendo praticado aqui nessas terras, com o uso do sincretismo,
de forma oculta, velada, reservada a poucos escravos primitivos, dos quais com
o envelhecimento, passaram a ser orientadores dos demais escravos que vieram
para cá. Cada ancião que desencarnava (aqui ou lá na Africa) adotava a postura,
o lugar de manifestação como ENTIDADE DE ORIENTAÇÃO.
Como nos ritos originários no
continente africano, o negro que era agora escravo, só podia ter acesso aos
ritos de orixás através dos médiuns que cultuavam originalmente os ritos lá,
eles passaram a receber estas manifestações/orientações aqui, como se fossem
orixás verdadeiros (ou seja, como se fossem a PROPRIA FORÇA DA NATUREZA SE
MANIFESTANDO EM UM MÉDIUM), sem que tivessem critério ou orientação, para lhes
explicar isso.
Orixá não incorpora, quem
incorpora são os espíritos dos chefes de tribos primitivas, que devem ter mais
de 20 mil anos, que tiveram acesso direto a origem dos tempos, que receberam
orientações de outros mestres tribais, e nas suas incorporações, eles vem
representando cada uma dessas divindades, mas sem que de fato, seja o orixá ali
incorporado, e sim apenas uma representação.
Assim como não existe
incorporação de Lucifer por exemplo (ele é um espirito de elevada grandeza, não
existe médium que possa dispor de veículo físico para esta incorporação) ou do
próprio Jesus/Yehusa, pelos memos motivos) não poderia a representação das
forças da natureza tomar condição de forma humana, e se manifestar em um
médium, em qualquer médium que seja.. As orientações eram puramente intuitivas,
e passadas de palavra em palavra, de povo em povo, nada escrito...tudo através
de forma oral...
Era assim lá, ficou sendo assim
por aqui...eram estes os ritos adaptados pelos africanos, aqui em terras
brasileiras.
Proxima parte, vou falar da
UMBANDA.
PARTE II – O QUE VEM A SER O RITO DE CANDOMBLÉ ?
Lembrando que vou comentado na
PARTE I, esses ritos tem sua origem em povos antigos, do continente africano,
que datam de aproximadamente 15 mil anos (lembrando que o homem, o ser humano,
habita a terra com razão, a mais ou menos 42 mil anos, antes disso éramos
irracionais).. A observação dos manifestos da natureza, das mudanças
climáticas, das mudanças do próprio quadro de habitação humana ou animal, no
planeta..de condições do homem primitivo em transição da razão, a observar e
sugerir a estes manifestos, nomes...e cultua-los, a medida que se fora
pretendido algo em sua região, tribo, etc...Os egípcios, a mais de 12 mil anos,
cultuavam vários deuses, cada um para um tipo de coisa ou manifesto (deus da
plantação, deus da água, deus do vento...etc), e pode ser que essa cultura de
adoração a estas “forças”, possam ter sido buscadas lá com o povo antigo do
continente africano (lembrando ainda que a cada época, em cada canto, um povo
surgiu no planeta, mas isso pode ser assunto para outra época).
Bom, o povo antigo, analisando,
observando, interagindo, conhecendo, vendo a força e a grandeza dos MANIFESTOS
PRÓPRIOS DA NATUREZA, pode ter citado nome a cada um deles, analisando claro, a
partir das forças principais, como o trovão (raio), como a força das águas
revoltas, como o vento forte que tomba arvores, o chão que treme (terremoto), e
por ai vai... e por sentir, analisar, perceber, e ver que é uma força do qual o
homem (o humano) não conseguia controlar, ele sugere ser manifesto inteligente
de forças que estão acima, que vem do céu, propriamente dito.
Orisha, orixá (ori, cabeça, alto,
acima, qualquer coisa que esteja acima da cabeça, do alto de quem observa) +
shá, xá (força, algo) ou seja, FORÇA OU ALGO QUE ESTA ACIMA, foi como o povo
das primeiras culturas, principalmente os Iorubas, consideraram, assim como
nossos índios, sem considerar todas as forças separadas, deram a elas um nome
só: TUPÃ (deus), o povo antigo deu o nome a cada uma dessas forças (orixás,
orishás) e que ainda, acima de cada uma delas, poderia haver outra, ZAMBI
(deus).
Essas forças da natureza (que
hoje chamamos de vento, chuva, raio, trovão, enchente, tsunami, etc..) recebeu,
por esse povo antigo, primitivo, que era berço da civilização, estes nomes 1)
Obatalá ou ORIXALÁ ou ainda ORINSHALÁ (mesma coisa que Oxalá), “pai de
todos”, 2) YEMANJÁ (águas, fecundidade,
por isso é de vibração, força feminina), 3) XANGÔ (rio, trovão, chão), 4) OGUM
(fogo), 5) OXOSSI (vegetais, sutileza, ar, artes).. Este são os 5 orixás
principais, primitivos, cultuados do povo antigo.
Somos rodeados por 5 elementos:
TERRA (Xango), FOGO (Ogum), AGUA (Yemanja), AR (Oxossi) e o ETÉREO (orixalá).
Surgem depois outros dois orixás,
mas..já como representação, compreensão, que são YORI e YORIMÁ, que são mais
fixados, situados, a energia humana propriamente dita (morada, habitação de
espíritos, almas, vibração de espíritos, almas dos que viveram na terra,
conjunto de forças), sem o vínculo histórico e cultural dos 5 orixás
primitivos, considerado forças de deuses, e essa junção fixa-se então os 7
orixás principais, primitivos, de culto direto: OXALÁ, OGUM, OXOSSI, XANGO,
YEMANJA, YORI, YORIMA.
Orixá incorpora? DEFINITIVAMENTE,
NÃO.
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