domingo, 21 de abril de 2019




AS SETE LAGRIMAS DO PRETO VELHO – Pai Guiné, entidade que se manifesta desta forma, que colabora de forma ampla com a organização da UMBANDA ESOTÉRICA, em seu dado momento de explicação, deixou este “conto” ao colega que escrevia o que ele ditava através do corpo (incorporado) de W.W. da MATTA E SILVA, o Pai Matta, que é quem difunde a umbanda esotérica, meados dos anos 60.

É um conto muito dolorido, infelizmente sempre atual, e acima de tudo que toda em TODAS AS FERIDAS possíveis daqueles que são simpatizantes da umbanda, mas acredito eu (Diler) que serve a todos os filhos de todas as ordens ou seja, TODAS AS RELIGIÕES ou movimentos filosóficos.

É a INTRODUÇÃO DO LIVRO “LIÇÕES DE UMBANDA E QUIMBANDA NAS PALAVRAS DE UM PRETO VELHO”.

“O elo mais forte de uma corrente, depende da perseverança, crença e fé, do seu elo mais fraco presente”

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*A PRIMEIRA LAGRIMA:* “...A primeira eu a dei a esses indiferentes que aqui vêm em busca de distração, na curiosidade de ver, bisbilhotar, para saírem ironizando daquilo que sua
mente ofuscada não pode conceber...”

Pai Guiné comenta sobre aqueles que nem sabem porque vão ao terreiro, não fazem ideia de que de fato precisam da ajuda ali proposta, mas vão por curiosidade, para dizer que foi e não sentiu nada (como se fosse obrigado ir a um centro espirita e sentir algo, equivale a ele ver um incêndio e ter que se queimar para ter a prova), vão e observam tudo, sem critério, olham as imagens, as velas, as vestimentas, recebe do passe e bebe da agua fluidificada, por este curioso também é devotado orações, pois ele ali também esta presente. Depois ele sai de lá rindo, contanto mentiras e dizendo que tudo não passa de uma grande fantasia de adeptos, doutrinação e lavagem cerebral, que tudo aquilo é pura mentira.

*A SEGUNDA LAGRIMA:* - “...Outra, a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um “milagre” que os façam “alcançar” aquilo que seus próprios
merecimentos negam.”

É a lagrima que cai, para aqueles que EXIGEM do centro espírita, do terreiro, da igreja, do que for, para o acontecimento de algum milagre que modifique a sua vida, sem que este considere que esteja tendo de fato A VIDA QUE BEM MERECE. Se tudo lhe é CAUSA E EFEITO, a vida que vive é EFEITO das CAUSAS que o próprio proporcionou anteriormente. Mas este filho esquece que é culpado pelas suas próprias decisões, e EXIGE de guias e entidades, modificações na vida, sem que este próprio filho faça por sí, as mudanças necessárias para que a vida mude afinal.

*A TERCEIRA LAGRIMA:* - “...E mais outra foi para esses que crêem, porém, numa crença cega, escrava de seus interesses estreitos. São os que vivem eternamente tratando de “casos”
nascentes uns após outros...”

Esta é a lagrima que escorre dos olhos da entidade mater, quando avolumam-se aqueles que SÓ ACREDITO SE ME FOR BENÉFICO, são de certa forma cegos, sempre vão acreditar naquilo que preenche o requisito de seus anseios, sem considerar O BOM OU MAL EFEITO sobre isso (a ação e a reação), vivem por si só, CRIANDO casos para que sejam tratados, SEM JAMAIS se preocuparem em CESSAR OS COMPORTAMENTOS que fazem com que os casos se criem.

*A QUARTA LAGRIMA:* - “...E outras mais que distribui aos maus, aqueles que somente procuram a Umbanda em busca de vingança, desejam sempre prejudicar a um ser
semelhante – eles pensam que nós, os Guias, somos veículos de suas
mazelas, paixões, e temos obrigação de fazer o que pedem... pobres almas,
que das brumas ainda não saíram....”

São aqueles que não tem nem os pés limpos para pisar na umbanda, mas juram ter seus corações puros o bastante para não entenderem o sentido da JUSTIÇA, vão aqui e ali, sempre com desejo de vingança e de interferir no LIVRE ARBITRIO alheio, sempre clamam por justiça, esquecendo estes mesmos que a mês régua lhe será usada como medida um dia. Acreditam que os guias estão lá para serem SEU FEITORES, jamais instrutores. Levam a máxima de que SE PRETO VELHO E  CABOCLO JÁ FORAM ESCRAVOS, continuam sendo escravos se eu lhes pedir que me faça algo a meu favor, ainda que seja algo em detrimento a outros. Vivem dizendo que VIBRAM LUZ, mas não fazem ideia de que estão vinculados a escuridão.

*A QUINTA LAGRIMA:* - “...Assim, vai lembrando bem, a quinta lágrima foi diretamente aos frios e calculistas – não crêem, nem descrêem; sabem que existe uma força e
procuram se beneficiar dela de qualquer forma. Cuida-se deles, não conhecem
a palavra gratidão, negarão amanhã até que conheceram uma casa de
Umbanda...Chegam suaves, têm o riso e o elogio à flor dos lábios, são fáceis, muito fáceis;
mas se olhares bem seu semblante verás escrito em letras claras: creio na tua
Umbanda, nos teus Caboclos e no teu Zambi, mas somente se venceram “meu
caso”, ou me curarem “disso ou daquilo”...

Aquele filho de fé que chega sorrateiro, sorriso no rosto, dizendo crer piamente que agora encontrou o seu porto seguro. Sempre, sempre, sempre agindo em seu próprio beneficio. Não estão na umbanda por aquilo que a umbanda está, mas sim estão na umbanda PARA QUE A UMBANDA esteja no resultado de seus desejos.

Cegos, que quando encontram quem os guia, justifica enxergar o bastante para caminhar sozinho. Tropeçam, depois dizem que só ocorreu porque não lhe seguraram a mão quando precisavam.

*A SEXTA LAGRIMA*: - “...A sexta lágrima eu dei aos fúteis que andam de tenda em Tenda, não acreditam em nada, buscam apenas aconchegos e conchavos; seus olhos revelam um
interesse diferente, sei bem o que eles buscam....”

Pulam de centro em centro, de casa em casa, de templo em templo. Nunca estão satisfeitos com a lição que aprendem, são eufóricos, apressados, e por isso sempre interrompem o silencio que a lição lhes aplica. Justificam estar ali pela fé, mas estão somente pela ação de seus corpos físicos, pois ao primeiro momento, vão embora, batendo a porta. São interesseiros, e se seus interesses não são atendidos no prazo em que lhes registraram na própria mente, diminuem em julgo a casa que lhes deu abrigo, e vão em busca de outra casa, dizendo que “..aquela não me atendeu..”.

*A SÉTIMA (e ultima) LAGRIMA*: - “...E a sétima, filho, notaste, como foi grande e como deslizou pesada? Foi a ÚLTIMA LÁGRIMA, aquela que “vive” nos “olhos” de todos os orixás; fiz doação
dessa aos vaidosos, cheios de empáfia, para que lavem suas máscaras e
todos possam vê-los como realmente são...

“Cegos, guias de cegos”, andam se exibindo com a Banda, tal qual mariposas

em torno da luz; essa mesma LUZ que eles não conseguem VER, porque só
visam à exteriorização de seus próprios “egos”...

“Olhai-os” bem, vede como suas fisionomias são turvas e desconfiadas;
observai-os quando falam “doutrinando”; suas vozes são ocas, dizem tudo de
“cor e salteado”, numa linguagem sem calor, cantando loas aos nossos Guias e
Protetores, em conselhos e conceitos de caridade, essa mesma caridade que
não fazem, aferrados ao conforto da matéria e à gula do vil metal. Eles não têm
convicção.

Aranauan!

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