sábado, 3 de junho de 2017

...falando um pouquinho sobre guias/modelos espirituais...Aprendemos através dos livros sacros de todas as religiões, que o guia/modelo a ser seguido é aquele do qual foi orientado como sendo o “cristo” revelador.

Buda foi um, Jesus também foi e tantos outros, a sua forma e ao seu tempo, a um povo especifico, houve necessidade de se ter/fazer surgir um “cristo”, ser de extrema consciência, em constante estado de interligação com o Ser maior, do qual nos veio deixar como mecanismo de reflexão, textos e parábolas, gestos e atos.

No espiritismo e na umbanda (ou religiões espiritistas de modo geral) também é assim. Ouvimos preto velho falar “..pai maior, estrela divina, mestre jesus...” e insistir para que nos apeguemos a este exemplo  moral.

Ouvimos guias do meio kardecista dizer (em livros, sempre é dito) “Jesus é o guia moral, o médium perfeito..” e concordamos com isso.

Mas quando saímos da gira e ao saímos do centro espírita, apegamo-nos na imagem do orientador ou “pai de santo” e dizemos “..nossa, ele fuma...” ou então “..nossa, fiquei sabendo que o casamento dele não está lá essas coisas..” , ou ainda “..nossa, essa palestrante/orientadora, você viu o corte de cabelo dela ?..”

Ou seja, aprendemos que o guia a seguir é o cristo, mas voltamos os olhos a pessoa comum ali na nossa frente, rs...e irritamo-nos quando não encontramos nele/nela essa imagem de perfeição.

Mas, se ele/ela também está a caminho, depurando seu estado de consciência, filtrando o que for necessário a ser mais leve, ele encontrará nos seus consulentes, essa IMAGEM E SEMELHANÇA do que lhe indica ser perfeito (podendo claro, essa perfeição ser um modelo de erro grave).

Sigamos os livros, a ninguém é facultado o direito de se enquadrar na categoria dos Mestres Crísticos, enquanto é apenas tocador de rebanho de ovelhas, que por diversos motivos, desgarraram do Pai.


Como disse Jesus a Pedro “..te farei pescador de homens..” , seriamos (penso eu, então) todos neste atual estágio, como foi Pedro um dia, talvez incrédulo em algumas partes, mas motivados a “pescar” homens para um bem maior.
Se na Doutrina dos Espíritos encontramos os fundamentos que nos explica a luz da razão, a composição da Lei Divida destinada a unidade do ser e sua constante luta pela evolução, além da racionalidade da explicação da existência do espirito, é no desenvolvimento e prática da mediunidade que conseguimos, de uma só vez, colocar em pratica a teoria bebida e o exercício que nos leva a evolução.

Saberemos, porém, que só o fato de despertar ante a mediunidade, amparados por diversos fatores teóricos que nos sustenta a luz da vida, não é o bastante para em uma só existência (está, do despertar) concluirmos os mecanismos da própria evolução.

Haveremos de saber (e termos isso como conhecimento, a ciência própria por convicção) que, uma vez que somos espíritos imortais, reencarnantes, de tantas idas e vindas, que em outras épocas/vidas havemos de nos ter despertado, porém ao cair no sono profundo do fenômeno da morte e ao tempo que se leva o processo de ajustamento e depuração do estado do espirito, recolhemo-nos de novo em corpo físico, esquecendo (é a Lei) do que já teríamos nos despertado anteriormente (a própria luz), mas guardamos no carinho íntimo do inconsciente, o calor da chama que devemos buscar, ao novo despertar espírita – mediúnico.

Assim sendo, a Doutrina dos Espíritos nos faculta o saber, e a mediunidade (seja ela na casa ou no terreiro) é o meio comum em que busquemos praticar (por a prova) o que tenhamos tido de lição.


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