...falando um pouquinho sobre
guias/modelos espirituais...Aprendemos através dos livros sacros de todas as
religiões, que o guia/modelo a ser seguido é aquele do qual foi orientado como
sendo o “cristo” revelador.
Buda foi um, Jesus também foi e
tantos outros, a sua forma e ao seu tempo, a um povo especifico, houve
necessidade de se ter/fazer surgir um “cristo”, ser de extrema consciência, em
constante estado de interligação com o Ser maior, do qual nos veio deixar como
mecanismo de reflexão, textos e parábolas, gestos e atos.
No espiritismo e na umbanda (ou
religiões espiritistas de modo geral) também é assim. Ouvimos preto velho falar
“..pai maior, estrela divina, mestre jesus...” e insistir para que nos
apeguemos a este exemplo moral.
Ouvimos guias do meio kardecista
dizer (em livros, sempre é dito) “Jesus é o guia moral, o médium perfeito..” e
concordamos com isso.
Mas quando saímos da gira e ao saímos
do centro espírita, apegamo-nos na imagem do orientador ou “pai de santo” e
dizemos “..nossa, ele fuma...” ou então “..nossa, fiquei sabendo que o
casamento dele não está lá essas coisas..” , ou ainda “..nossa, essa
palestrante/orientadora, você viu o corte de cabelo dela ?..”
Ou seja, aprendemos que o guia a
seguir é o cristo, mas voltamos os olhos a pessoa comum ali na nossa frente,
rs...e irritamo-nos quando não encontramos nele/nela essa imagem de perfeição.
Mas, se ele/ela também está a
caminho, depurando seu estado de consciência, filtrando o que for necessário a
ser mais leve, ele encontrará nos seus consulentes, essa IMAGEM E SEMELHANÇA do
que lhe indica ser perfeito (podendo claro, essa perfeição ser um modelo de
erro grave).
Sigamos os livros, a ninguém é
facultado o direito de se enquadrar na categoria dos Mestres Crísticos,
enquanto é apenas tocador de rebanho de ovelhas, que por diversos motivos,
desgarraram do Pai.
Como disse Jesus a Pedro “..te
farei pescador de homens..” , seriamos (penso eu, então) todos neste atual
estágio, como foi Pedro um dia, talvez incrédulo em algumas partes, mas
motivados a “pescar” homens para um bem maior.