ceticismo
substantivo masculino
- 1.fil doutrina segundo a qual o espírito humano não pode atingir nenhuma certeza a respeito da verdade, o que resulta em um procedimento intelectual de dúvida permanente e na abdicação, por inata incapacidade, de uma compreensão metafísica, religiosa ou absoluta do real.
- 2.p.ext. falta de crença; descrença, incredulidade, dúvida."é reinante o c. em relação à administração pública"
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A ciência, a pseudociência e o
(pseudo) ceticismo.
Ciência, no seu sentido mais
amplo, refere-se a qualquer conhecimento ou pratica sistemática. No seu sentido
mais restrito, ciência refere-se a um meio de se possuir conhecimento da
verdade através do emprego do método cientifico.
Pseudociência é por sua vez,
qualquer tipo de informação que diz ser construída através da aplicação do
método cientifico, mas que não resistiria (a sua sobrevivência, da idéia) a própria aplicação do método cientifico.
O método cientifico é um conjunto
de regras básicas que tem por objetivo providenciar o atestado de veracidade a
um novo conhecimento, bem como corrigir conhecimentos pré-existentes.
Na maioria das disciplinas,
consiste (o método) em juntar evidencias observáveis e empíricas e mensuráveis
e analisar com o uso da lógica.
Agora, vamos refletir: embora o
empirismo (ou a metodologia empírica) faça parte irrestrita do método cientifico
o empirismo não é uma vertente das condições de observações materialistas, pois
o empirismo tem a sua origem na filosofia.
Empirismo por vezes é empregado
como sendo entendimento de algo experimental onde neste caso, um acontecimento
empírico é um acontecimento que pode ser experimental.
Mas e onde entra o ceticismo
nesta argumentação?
Um cientista é antes de tudo, um
cético. Alguém que deseja tomar base em algo que se apresente como
conhecimento, antes de tudo, participa de observações através do método
cientifico, daquilo que lhe é apresentado como sendo verdadeiro.
O cético verdadeiro tem duvidas e
não certezas. A verdade, para o cético, sobre determinado assunto, só pode ser
aplicável se ele, o cético, também fazer uso do método cientifico para merecer
ou desmerecer aquilo que é apresentado como sendo ciência, no âmbito do conhecimento.
E o (falso ou) pseudocético?
Este, nada mais é do que alguém que faz uso da sua opinião pessoal, como se
esta fosse também embasada nos argumentos da ciência. O pseudocético, assim
como o pseudocientista, faz de suas opiniões pessoais retratos de expressão
diante daquilo que seria evidencia observável.
Estaria o pseudocético valendo-se
da ciência (sem usar a mesma) para apenas imprimir a sua posição pessoal, assim
como as pseudociências dizem fazer uso da ciência para não fazer nada alem do
que expor idéias que não suportariam a analise do verdadeiro método cientifico?
Em varias oportunidades,
encontramos nos pseudocéticos argumentos falhos na montagem de suas
preposições.
Muitas vezes utilizam (na
sustentação de seus pontos de vista, o que por sua vez não quer dizer que se
trata do ponto de vista de toda a ciência) apelos a autoridade, falácias e
ataques pessoais.
Quando perguntado a um
pseudocético se ele baseia seu argumento através de um estudo usando o método
cientifico (que ele mesmo tanto defende) ele não saberia responder, ate porque
a opinião pessoal dele foi montada em cima de observações intimas e não através
do uso do próprio método cientifico, que poderia ser usado para “desmontar” ou
conceder “prova contraria” naquilo que é contraposto a razão dele.
Quando perguntado a um
pseucocético de onde ele tira a preposição da certeza de seu ponto de vista ele
diz que é através de um conceito da ciência (sem mostrar qual é) ou dizendo que
uma vez que não se possui evidencias claras das afirmações apresentadas, elas
por sua vez não podem existir.
Mas, citando Carl Sagan, “..a
ausência de evidencia não é evidencia de ausência..” ou seja, o fato de não se
ter uma evidencia pratica HOJE não significa que não poderá existir esta tal
evidencia para TODO O SEMPRE.
O cético sabe disso e por isso
não afirma nada de modo contrário, mas mantém a mente aberta o suficiente para
que a ciência tome campo no futuro, para responder meticulosamente a cada uma
das observações que são apresentadas hoje em dia como sendo factuais.
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