A importância de Kardec na codificação foi vital pelo seu
conhecimento (sendo ele um homem letrado), mas mesmo assim quando este
perguntou aos espíritos se acaso ele, Kardec tivesse negado a efetuar tal
levante, os espíritos disseram que não se importariam, pois como era tempo do
inicio da doutrina, escolheriam outro.
Enfim, surge o LIVRO DOS ESPÍRITOS, um compêndio de
perguntas e respostas acerca de humanidade, moral, intelectualismo, leis
divinas e humanas, meio social e comportamental, onde KARDEC efetuava as
perguntas e os espíritos, através das médiuns, promoviam as respostas
reflexivas. Lembramos que passados mais de 165 anos do surgimento deste livro,
em uma época difícil (pós-guerra de Napoleão, época do ILUMINISMO e de uma
interseção pesada do catolicismo anglo-saxão na Europa) continua atual nos
assuntos mais pertinentes por hora, tais qual a LEI DO ABORTO.
Depois O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, que por sua vez é
a parte moral compilada em uma forma mais abrangente, de fácil entendimento,
sem dogmatismos, explicando os caracteres de perfeição do homem e suas
necessidades de evolução moral.
Depois, o LIVRO DOS MÉDIUNS, pois necessário era se fazer um
compêndio que educasse os cidadãos com aptidões mediúnicas.
A GÊNESE, que é a explicação pela lei da lógica e amparo
cientifico (da época, diga-se de passagem) das ocorrências dos milagres e
demais fatos importantes narrados na BÍBLIA.
Por fim OBRAS PÓSTUMAS, onde o codificador, em algumas
mensagens pessoais, deixa seu relato de vida após a morte, já estando falecido.
Todos os espíritos que se manifestaram para que houvesse o
surgimento da DOUTRINA ESPÍRITA foram de homens comuns sim, mas homens a frente
do seu tempo, com moral elevada e compromisso com o bem.
Onde estão hoje?
Provavelmente em alguma colônia, “..alguma morada na casa do
pai...”, preparando quem sabe a volta neste plano, numa função missionária ou
então, intuindo homens de bem a darem continuidade na desmaterialização do
homem, procurando dar fim ao apego material que o avanço tecnológico criou.
Podem ainda, porque não, estarem orientado equipes de
socorristas que atendem nos resgates coletivos (por exemplo no TSUNAMI quantas
almas/espíritos ali não foram desencarnadas de forma abrupta e precisariam de
um socorro imediato? E em um acidente aéreo por exemplo? E nas torres gêmeas?
Quantos, o se deparar com a continuidade da vida, mas em forma espiritual, no
choque racional anímico, não pede por socorro e só conta com os mais elevados
para auxilia-los?)
Enfim, não nos cabe saber onde estão estes espíritos.
Quem sabe algum deles já não nos visitou na imagem de um
João Paulo Segundo, que tudo o que fez foi pacificar, unir e instruir? Papa
este que em 1986 deixou escrito que “...a comunicação com os mortos não poderia
cessar...”?
Enfim, não nos cabe saber, pois ainda não temos entendimento
moral para isso e nem méritos pessoais tambem.
Não erramos constantemente? Não temos errado por estas
épocas recentes contra o nosso semelhante? Não temos provocado ferimentos com a
língua? Não temos desejado algo que
juraríamos não desejar mais em respeito ao nosso colega do lado? Como poderemos
exigir saber algo, se nem sobre nós mesmos temos domínio de pensamento?
Poderemos quem sabe, um dia se convertermos toda essa
curiosidade na pratica do bem apenas, deixando de lado eventuais rusgas e
provocações ao semelhante, na evolução efetiva, conseguirmos a sutileza do
espírito para “percebermos” que eles jamais saíram do nosso lado.
Por fim, DEUS, em sua infinita sabedoria, oferece ao homem,
a todo tempo, diversos caminhos e oportunidades para que ele possa “voltar ao
seu berço” e o espiritismo é um destes caminhos.
Sugere o lado cristão da caridade, do amor ao próximo e da
evolução por méritos próprios, pois como cada um será julgado de acordo com suas
obras, que iniciemos então obras boas e como nem todo mundo que diz senhor,
senhor entrará no reino dos céus, continuamos então, calados, pregando
baixinho, sem ostentação, apenas na reflexão.
Mas sempre que surgir idéias estapafúrdias e contrárias, que
tem por objetivo principal minimizar o objetivo deste caminho, o ESPIRITISMO, é
direito do espiritismo explicar à sua maneira, o porque eventualmente demais
irmãos ainda possuem um pensamento de ligeiro preconceito ou desconhecimento
quanto a causa espírita de fato.
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