A perda de entes queridos.
Quantas não são as oportunidades que temos na vida de ter testado a nossa fé no altíssimo, diante dos pequeninos testes que nos são impostos no decorrer do nosso cotidiano?
Muitas
vezes damos uma prova indiscutível de fé quando diante de um sortilégio de mal
grado, diante de algo que nos dá errado, olhamos ao alto de reforçamos nossos
votos, entendo que ou aquilo nos serviu de lição ou que aquilo é apenas o
prenuncio de um bem maior que esta por vir, devendo a nós, humanos...simples e
ignorantes, reconhecer que os desígnios de deus operam-se através de
determinados aspectos que não nos cabe discutir.
Mas
um teste maior, quando ele nos é imposto pode consideravelmente abalar a nossa
fé: é a perca de um ente querido.
Quando
um dos nossos, um próximo, alguém que amamos incondicionalmente e em prol desse
amor estabelecemos laços fraternos que julgamos ser indivisíveis, acreditamos
que desígnio nenhum pode existir para terminar com esse contento de felicidade.
Mas
ai chega a hora da partida, do rompimento bruto e muitas vezes absurdo destes
laços fraternais que ate então eram tomados como sendo indissolúveis,
prazerosos e acima de tudo, eternos.
Nesta
hora, muitos de nós questionamos a deus, indagando-lhe o porque disso, o porque
justamente aquele nosso ente querido foi escolhido para a partida, e não uma
outra pessoa que naquele mesmo momento estaria tentando contra uma via de
terceiros?
Quando
questionamos assim, demonstramos o quão abalada a nossa fé ficou e por muitas
vezes, corremos o risco de nos desorientarmos dentro daquilo que acreditamos.
Dizemos até que se era para um rompimento assim, de que valeu a felicidade
anterior, o estado da felicidade que gozávamos de pleno direito tempos antes do
acontecimento?
Ora,
mas então necessitamos de entender a nossa fé, necessitamos de entender quais
são as perspectivas que nos fariam entender pelo menos essa parte dos desígnios
e acima de tudo, que nesse entendimento fossemos capazes de sermos confortados
pelo âmbito da razão e também, pelas emoções caracterizadas na certeza de que o
laço fraterno que julgávamos haver rompido, na verdade ficou mais forte e
estabelecido.
Quando
lamentamos a perca do ente querido, na verdade julgamos a perca do objetivo
físico que estava ao nosso lado, julgamos a perca da carne, mas em sabendo que
nossa vida aqui é passageira e que tudo o que podemos fazer de bom para nos
estabelecermos melhor é em prol da vida eterna, porque então nos ajoelhamos e
reclamamos aos céus aquilo que nos foi tirado, quando a verdade...tudo o que
foi promovido naquela ocorrência do rompimento dos laços fraternais, foi o
cumprimento de um desígnio natural (que é fenômeno da morte, da cessão da vida
no corpo físico) mas que com isso, deu-se inicio a verdadeira vida do
individuo, que é a vida do espírito?
A
vida futura tão proclamada por Jesus, encontrada no reino que lhe pertence, não
é a vida terrena, mas a vida nos céus e entendamos então que aquele cujo
consideramos que foi perdido através da morte, na verdade...por antecipação e
mérito, passou a gozar dessa plenitude da vida que nos foi prometido.
O
paraíso é alcançado,, já não esta mais preso aos vícios e vicissitudes que nós
que ainda aqui ficamos estamos sujeitos, falíveis como somos, de sermos
tentados e sucumbirmos a esta tentação.
Reconhecemos
a tristeza da perca, mas entendemos (e se faz necessário isso) de que a porta
do reino dos céus se abriu para aquele que nos foi próximo por aqui, e nos será
próximo em outra existência.
Coragem
irmãos e irmãs, firmamento de fé e acima de tudo, força.
Encontrem
nas emoções os mecanismos que lhes farão sobreviver para sempre (através dos
manifestos da mente relacionadas as boas lembranças) para com aquele nosso que
acabou de partir mas acima de tudo, estimularmo-nos através da razão, para que
possamos entender que em se tratando de um desígnio de deus e o próprio
fenômeno estando dentro das causas naturais, se faz necessário entendermos que
nossa vida aqui continua bem como devemos dar continuidade a trilha do bem que
fora estabelecido anteriormente por este que nos é próximo e parte por agora.
Em
se tratando de que nossa vida aqui é passageira, felicitamo-nos então, com as
nossas ultimas forças se for preciso, em reconhecer que vivo esta agora em
plenitude, aquele que neste momento alcançou o reino dos céus.
Reflitamos.
Lembremos que os
verdadeiros laços fraternos não se rompem nunca e que justamente nos momentos
em que mais imaginamos que foram rompidos, é justo o momento em que eles mais
estão unidos, tão unidos que já se formam em unidade de pensamento, em
manifestação única do amor, que vem do alto.
Abraços,
reais considerações de apreço e estima e que possamos todos caminhar a passos
firmes rumo ao nosso progresso espiritual.
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