segunda-feira, 14 de novembro de 2016

A perda de entes queridos.

Quantas não são as oportunidades que temos na vida de ter testado a nossa fé no altíssimo, diante dos pequeninos testes que nos são impostos no decorrer do nosso cotidiano?

Muitas vezes damos uma prova indiscutível de fé quando diante de um sortilégio de mal grado, diante de algo que nos dá errado, olhamos ao alto de reforçamos nossos votos, entendo que ou aquilo nos serviu de lição ou que aquilo é apenas o prenuncio de um bem maior que esta por vir, devendo a nós, humanos...simples e ignorantes, reconhecer que os desígnios de deus operam-se através de determinados aspectos que não nos cabe discutir.

Mas um teste maior, quando ele nos é imposto pode consideravelmente abalar a nossa fé: é a perca de um ente querido.

Quando um dos nossos, um próximo, alguém que amamos incondicionalmente e em prol desse amor estabelecemos laços fraternos que julgamos ser indivisíveis, acreditamos que desígnio nenhum pode existir para terminar com esse contento de felicidade.

Mas ai chega a hora da partida, do rompimento bruto e muitas vezes absurdo destes laços fraternais que ate então eram tomados como sendo indissolúveis, prazerosos e acima de tudo, eternos.

Nesta hora, muitos de nós questionamos a deus, indagando-lhe o porque disso, o porque justamente aquele nosso ente querido foi escolhido para a partida, e não uma outra pessoa que naquele mesmo momento estaria tentando contra uma via de terceiros?

Quando questionamos assim, demonstramos o quão abalada a nossa fé ficou e por muitas vezes, corremos o risco de nos desorientarmos dentro daquilo que acreditamos. Dizemos até que se era para um rompimento assim, de que valeu a felicidade anterior, o estado da felicidade que gozávamos de pleno direito tempos antes do acontecimento?

Ora, mas então necessitamos de entender a nossa fé, necessitamos de entender quais são as perspectivas que nos fariam entender pelo menos essa parte dos desígnios e acima de tudo, que nesse entendimento fossemos capazes de sermos confortados pelo âmbito da razão e também, pelas emoções caracterizadas na certeza de que o laço fraterno que julgávamos haver rompido, na verdade ficou mais forte e estabelecido.

Quando lamentamos a perca do ente querido, na verdade julgamos a perca do objetivo físico que estava ao nosso lado, julgamos a perca da carne, mas em sabendo que nossa vida aqui é passageira e que tudo o que podemos fazer de bom para nos estabelecermos melhor é em prol da vida eterna, porque então nos ajoelhamos e reclamamos aos céus aquilo que nos foi tirado, quando a verdade...tudo o que foi promovido naquela ocorrência do rompimento dos laços fraternais, foi o cumprimento de um desígnio natural (que é fenômeno da morte, da cessão da vida no corpo físico) mas que com isso, deu-se inicio a verdadeira vida do individuo, que é a vida do espírito?

A vida futura tão proclamada por Jesus, encontrada no reino que lhe pertence, não é a vida terrena, mas a vida nos céus e entendamos então que aquele cujo consideramos que foi perdido através da morte, na verdade...por antecipação e mérito, passou a gozar dessa plenitude da vida que nos foi prometido.

O paraíso é alcançado,, já não esta mais preso aos vícios e vicissitudes que nós que ainda aqui ficamos estamos sujeitos, falíveis como somos, de sermos tentados e sucumbirmos a esta tentação.

Reconhecemos a tristeza da perca, mas entendemos (e se faz necessário isso) de que a porta do reino dos céus se abriu para aquele que nos foi próximo por aqui, e nos será próximo em outra existência.

Coragem irmãos e irmãs, firmamento de fé e acima de tudo, força.

Encontrem nas emoções os mecanismos que lhes farão sobreviver para sempre (através dos manifestos da mente relacionadas as boas lembranças) para com aquele nosso que acabou de partir mas acima de tudo, estimularmo-nos através da razão, para que possamos entender que em se tratando de um desígnio de deus e o próprio fenômeno estando dentro das causas naturais, se faz necessário entendermos que nossa vida aqui continua bem como devemos dar continuidade a trilha do bem que fora estabelecido anteriormente por este que nos é próximo e parte por agora.

Em se tratando de que nossa vida aqui é passageira, felicitamo-nos então, com as nossas ultimas forças se for preciso, em reconhecer que vivo esta agora em plenitude, aquele que neste momento alcançou o reino dos céus.

Reflitamos.

Lembremos que os verdadeiros laços fraternos não se rompem nunca e que justamente nos momentos em que mais imaginamos que foram rompidos, é justo o momento em que eles mais estão unidos, tão unidos que já se formam em unidade de pensamento, em manifestação única do amor, que vem do alto.

Abraços, reais considerações de apreço e estima e que possamos todos caminhar a passos firmes rumo ao nosso progresso espiritual.
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