quarta-feira, 16 de novembro de 2016


“AS SETE LÁGRIMAS... DE PAI PRETO”


Esta transcrição é apenas um resumo. Recomendamos a leitura fiel do titulo como um todo, não só pelos postulantes da umbanda, mas todo irmão de fé espirita/espiritualista, pois encontrarão a carga emocional efetiva, que nos remete a reflexão a busca da humildade.
No livro LIÇÕES DE UMBANDA E QUIMBANDA NA PALAVRA DE UM PRETO VELHO, W.W. Matta e Silva narra uma experiência, logo na introdução, de um desdobramento, do qual ele se deparou em uma espécie de reunião mediunica, onde..dentre tantas coisas que o promoveu em destaque, uma em especial, um Preto Velho que chorava, do qual ele se propôs a perguntar o porque.

O choro, o lamento, constituía de 7 lagrimas, dos quais cada lagrima, Preto Velho tratou de explicar, conforme segue, no dialogo estabelecido entre a entidade e W.W. Matta e Silva:
...estás vendo essa multidão que entra e sai? As lágrimas contadas, distribuídas, estão dentro dela...

A primeira eu a dei a esses indiferentes que aqui vêm em busca de distração, na curiosidade de ver, bisbilhotar, para saírem ironizando daquilo que sua mente ofuscada não pode conceber.

Outra, a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um “milagre” que os façam “alcançar” aquilo que seus próprios merecimentos negam.
E mais outra foi para esses que crêem, porém, numa crença cega, escrava de seus interesses estreitos. São os que vivem eternamente tratando de “casos” nascentes uns após outros...

E outras mais que distribui aos maus, aqueles que somente procuram a Umbanda em busca de vingança, desejam sempre prejudicar a um ser semelhante – eles pensam que nós, os Guias, somos veículos de suas mazelas, paixões, e temos obrigação de fazer o que pedem... pobres almas, que das brumas ainda não saíram.
Assim, vai lembrando bem, a quinta lágrima foi diretamente aos frios e calculistas – não crêem, nem descrêem; sabem que existe uma força e procuram se beneficiar dela de qualquer forma. Cuida-se deles, não conhecem a palavra gratidão, negarão amanhã até que conheceram uma casa de Umbanda... Chegam suaves, têm o riso e o elogio à flor dos lábios, são fáceis, muito fáceis; mas se olhares bem seu semblante verás escrito em letras claras: creio na tua Umbanda, nos teus Caboclos e no teu Zambi, mas somente se venceram “meu caso”, ou me curarem “disso ou daquilo”...

A sexta lágrima eu dei aos fúteis que andam de tenda em Tenda, não acreditam em nada, buscam apenas aconchegos e conchavos; seus olhos revelam um interesse diferente, sei bem o que eles buscam.
E a sétima, filho, notaste, como foi grande e como deslizou pesada? Foi a ÚLTIMA LÁGRIMA, aquela que “vive” nos “olhos”de todos os orixás; fiz doação dessa aos vaidosos, cheios de empáfia, para que lavem suas máscaras e todos possam vê-los como realmente são... “Cegos, guias de cegos”, andam se exibindo com a Banda, tal  qual mariposas em torno da luz; essa mesma LUZ que eles não conseguem VER, porque só visam à exteriorização de seus próprios “egos”... “Olhai-os” bem, vede como suas fisionomias são turvas e desconfiadas; observai-os quando falam “doutrinando”; suas vozes são ocas, dizem tudo de “cor e salteado”, numa linguagem sem calor, cantando loas aos nossos Guias e Protetores, em conselhos e conceitos de caridade, essa mesma caridade que não fazem, aferrados ao conforto da matéria e à gula do vil metal. Eles não têm convicção.

Assim, filho meu, foi para esses todos que viste cair, uma a uma, AS SETE LÁGRIMAS DE PAI-PRETO! Então, com minha alma em pranto, tornei a perguntar: não tens mais nada a dizer, Pai-Preto? E, daquela “forma velha”, vi um véu caindo e num clarão intenso que ofuscava tanto, ouvi mais uma vez...
Enfim, o texto segue, com total louvor, mas fica aqui o registro, transcrição do livro citado acima, a respeito de como é a relação dolorosa daqueles que, em qualquer templo de fé, kardecista, umbandista, católico, protestante, promove através de sua apatia ou outros costumes vis, a queda das lagrimas dos guias protetores e orientadores que ali estão.



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