“AS SETE LÁGRIMAS... DE PAI PRETO”
Esta transcrição é apenas um
resumo. Recomendamos a leitura fiel do titulo como um todo, não só pelos
postulantes da umbanda, mas todo irmão de fé espirita/espiritualista, pois
encontrarão a carga emocional efetiva, que nos remete a reflexão a busca da
humildade.
No livro LIÇÕES DE UMBANDA E
QUIMBANDA NA PALAVRA DE UM PRETO VELHO, W.W. Matta e Silva narra uma experiência,
logo na introdução, de um desdobramento, do qual ele se deparou em uma espécie
de reunião mediunica, onde..dentre tantas coisas que o promoveu em destaque,
uma em especial, um Preto Velho que chorava, do qual ele se propôs a perguntar
o porque.
O choro, o lamento, constituía de
7 lagrimas, dos quais cada lagrima, Preto Velho tratou de explicar, conforme
segue, no dialogo estabelecido entre a entidade e W.W. Matta e Silva:
...estás vendo essa multidão que
entra e sai? As lágrimas contadas, distribuídas, estão dentro dela...
A primeira eu a dei a esses
indiferentes que aqui vêm em busca de distração, na curiosidade de ver,
bisbilhotar, para saírem ironizando daquilo que sua mente ofuscada não pode
conceber.
Outra, a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um “milagre” que os façam “alcançar” aquilo que seus próprios merecimentos negam.
E mais outra foi para esses que
crêem, porém, numa crença cega, escrava de seus interesses estreitos. São os
que vivem eternamente tratando de “casos” nascentes uns após outros... Outra, a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um “milagre” que os façam “alcançar” aquilo que seus próprios merecimentos negam.
E outras mais que distribui aos
maus, aqueles que somente procuram a Umbanda em busca de vingança, desejam
sempre prejudicar a um ser semelhante – eles pensam que nós, os Guias, somos
veículos de suas mazelas, paixões, e temos obrigação de fazer o que pedem...
pobres almas, que das brumas ainda não saíram.
Assim, vai lembrando bem, a
quinta lágrima foi diretamente aos frios e calculistas – não crêem, nem
descrêem; sabem que existe uma força e procuram se beneficiar dela de qualquer
forma. Cuida-se deles, não conhecem a palavra gratidão, negarão amanhã até que
conheceram uma casa de Umbanda... Chegam suaves, têm o riso e o elogio à flor
dos lábios, são fáceis, muito fáceis; mas se olhares bem seu semblante verás
escrito em letras claras: creio na tua Umbanda, nos teus Caboclos e no teu
Zambi, mas somente se venceram “meu caso”, ou me curarem “disso ou daquilo”...
A sexta lágrima eu dei aos fúteis
que andam de tenda em Tenda, não acreditam em nada, buscam apenas aconchegos e
conchavos; seus olhos revelam um interesse diferente, sei bem o que eles
buscam.
E a sétima, filho, notaste, como
foi grande e como deslizou pesada? Foi a ÚLTIMA LÁGRIMA, aquela que “vive” nos
“olhos”de todos os orixás; fiz doação dessa aos vaidosos, cheios de empáfia,
para que lavem suas máscaras e todos possam vê-los como realmente são...
“Cegos, guias de cegos”, andam se exibindo com a Banda, tal qual mariposas em torno da luz; essa mesma
LUZ que eles não conseguem VER, porque só visam à exteriorização de seus
próprios “egos”... “Olhai-os” bem, vede como suas fisionomias são turvas e desconfiadas;
observai-os quando falam “doutrinando”; suas vozes são ocas, dizem tudo de “cor
e salteado”, numa linguagem sem calor, cantando loas aos nossos Guias e
Protetores, em conselhos e conceitos de caridade, essa mesma caridade que não
fazem, aferrados ao conforto da matéria e à gula do vil metal. Eles não têm
convicção.
Assim, filho meu, foi para esses
todos que viste cair, uma a uma, AS SETE LÁGRIMAS DE PAI-PRETO! Então, com
minha alma em pranto, tornei a perguntar: não tens mais nada a dizer, Pai-Preto?
E, daquela “forma velha”, vi um véu caindo e num clarão intenso que ofuscava
tanto, ouvi mais uma vez...
Enfim, o texto segue, com total
louvor, mas fica aqui o registro, transcrição do livro citado acima, a respeito
de como é a relação dolorosa daqueles que, em qualquer templo de fé,
kardecista, umbandista, católico, protestante, promove através de sua apatia ou
outros costumes vis, a queda das lagrimas dos guias protetores e orientadores
que ali estão.
Para saber mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/Woodrow_Wilson_da_Matta_e_Silva
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