quarta-feira, 11 de janeiro de 2017


PARTE IV – SURGIMENTO DOS PRIMEIRO MANIFESTO DE UMBANDA


Precisamos ter em mente que, historicamente, muitos índios também foram tomados como escravos, a medida que o homem branco europeu avança sobre suas terras. O índio vivia em plena paz com a natureza, com seus povos, assim como era o povo primitivo africano. Muito índio forte, guerreiro de tribo, foi tomado como escravo, ou seja..neste momento (histórico) começa a FUNDIR duas ideia de ritos: o culto aos orixás, primitivo e fecundado na africa mãe, e o culto a natureza, a ritos de cura, de oferenda e agradecimento, que eram cultuados pelos índios aqui em terras brasileiras.

Segue o rumo, passa o tempo, muitos dos escravos velhos, que já não trabalhavam, eram incapazes do trabalho pesado, para que não ficassem influenciando os jovens, foram libertados, expulsos das senzalas..e em não tendo lugares a ir, foram muitos desses, se juntar com os chefes de tribos indígenas, os xamãs, conhecedores das leis e das forças da natureza, e foi onde parte desses senhores negros, ex escravos, já bastante velhos em suas idades, foram encontrar espaço para a retomada de suas ritualísticas. Começa ai o que pode ser chamado de MANIFESTO DE CABOCLO, rito de caboclo. Eram ritos de orientação, de cura, completamente incorporativos, muitos intuitivos, dos quais uma legião de irmãos desencanados encontraram espaço para as primeiras manifestações, que repito, eram INCORPORAÇÕES INTUITIVAS, com um grau de consciência enorme dos médiuns (índios ou escravos) que ali praticavam o culto.

Já não eram feito em senzalas, nem usava-se o sincretismo, pois o velho escravo estava liberto, então ele foi adaptar seus manifestos, aos manifestos já praticados pelos índios.

Eram ritos de tratativas de orientação tribal, fomentados e destinados a cura, seguimento e necessidade de manutenção da origem religiosa, mas ainda não era a UMBANDA como hoje conhecemos.


Em alguns estudos, dão o nome de RITO DE OMULU, RITO DE NAGÔ, RITO DE CONGAR (povo do Congo), RITO DE PAJÉ e vários outros nomes..tentando deixar claro no nome, de onde era a origem do povo que se manifestava, bem como de quem os cultuava, pois os escravos eram de varias partes da africa, de varias tribos, e cada rito “ganhou” o nome de seu povo.. mas isso com o tempo, pelo menos aqui no Brasil, deixou de existir..

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