quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

PARTE II – O QUE VEM A SER O RITO DE CANDOMBLÉ ?


Lembrando que vou comentado na PARTE I, esses ritos tem sua origem em povos antigos, do continente africano, que datam de aproximadamente 15 mil anos (lembrando que o homem, o ser humano, habita a terra com razão, a mais ou menos 42 mil anos, antes disso éramos irracionais).. A observação dos manifestos da natureza, das mudanças climáticas, das mudanças do próprio quadro de habitação humana ou animal, no planeta..de condições do homem primitivo em transição da razão, a observar e sugerir a estes manifestos, nomes...e cultua-los, a medida que se fora pretendido algo em sua região, tribo, etc...Os egípcios, a mais de 12 mil anos, cultuavam vários deuses, cada um para um tipo de coisa ou manifesto (deus da plantação, deus da água, deus do vento...etc), e pode ser que essa cultura de adoração a estas “forças”, possam ter sido buscadas lá com o povo antigo do continente africano (lembrando ainda que a cada época, em cada canto, um povo surgiu no planeta, mas isso pode ser assunto para outra época).

Bom, o povo antigo, analisando, observando, interagindo, conhecendo, vendo a força e a grandeza dos MANIFESTOS PRÓPRIOS DA NATUREZA, pode ter citado nome a cada um deles, analisando claro, a partir das forças principais, como o trovão (raio), como a força das águas revoltas, como o vento forte que tomba arvores, o chão que treme (terremoto), e por ai vai... e por sentir, analisar, perceber, e ver que é uma força do qual o homem (o humano) não conseguia controlar, ele sugere ser manifesto inteligente de forças que estão acima, que vem do céu, propriamente dito.

Orisha, orixá (ori, cabeça, alto, acima, qualquer coisa que esteja acima da cabeça, do alto de quem observa) + shá, xá (força, algo) ou seja, FORÇA OU ALGO QUE ESTA ACIMA, foi como o povo das primeiras culturas, principalmente os Iorubas, consideraram, assim como nossos índios, sem considerar todas as forças separadas, deram a elas um nome só: TUPÃ (deus), o povo antigo deu o nome a cada uma dessas forças (orixás, orishás) e que ainda, acima de cada uma delas, poderia haver outra, ZAMBI (deus).

Essas forças da natureza (que hoje chamamos de vento, chuva, raio, trovão, enchente, tsunami, etc..) recebeu, por esse povo antigo, primitivo, que era berço da civilização, estes nomes 1) Obatalá ou ORIXALÁ ou ainda ORINSHALÁ (mesma coisa que Oxalá), “pai de todos”,  2) YEMANJÁ (águas, fecundidade, por isso é de vibração, força feminina), 3) XANGÔ (rio, trovão, chão), 4) OGUM (fogo), 5) OXOSSI (vegetais, sutileza, ar, artes).. Este são os 5 orixás principais, primitivos, cultuados do povo antigo.

Somos rodeados por 5 elementos: TERRA (Xango), FOGO (Ogum), AGUA (Yemanja), AR (Oxossi) e o ETÉREO (orixalá). 

Surgem depois outros dois orixás, mas..já como representação, compreensão, que são YORI e YORIMÁ, que são mais fixados, situados, a energia humana propriamente dita (morada, habitação de espíritos, almas, vibração de espíritos, almas dos que viveram na terra, conjunto de forças), sem o vínculo histórico e cultural dos 5 orixás primitivos, considerado forças de deuses, e essa junção fixa-se então os 7 orixás principais, primitivos, de culto direto: OXALÁ, OGUM, OXOSSI, XANGO, YEMANJA, YORI, YORIMA.


Orixá incorpora? DEFINITIVAMENTE, NÃO.

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