sexta-feira, 8 de novembro de 2019



*REVISANDO O PERDÃO, CRENÇAS LIMITANTES, MODO DE VIDA E AUTO SABOTAGEM* - Em todo o tempo, acho que desde que o mundo é mundo, porém conveniente dizer que, desde quando o homem opera com a razão (em seu desenvolvimento e evolução, a razão surge quando o hominídeo já dominava as terras ou seja, a cerca de 40 mil anos, o que não é muito, o homem passa a operar com a razão), o conceito de perdão, perdoarmos, perdoarmo-nos, o conceito de que estabelecemos para nós, situações que nos impõem limites, que implica por fim no nosso meio de vida, mas que em uma espiral negativa, exerce o comportamento de vitimização e auto sabotagem.

SOBRE O PERDÃO, a exemplo, não se trata apenas de ter a certeza que sabe o que é o real significado da palavra (e olha que é amplo, heim...perdão pode ser tanta coisa, cada grupo ou aspecto filosófico ou religioso, da a esta palavra um significado), mas de entender que de fato esteja perdoando alguém ou algo em si, que seja por fim DEFINITIVO.

Em “João, 8:10”, encontramos no fácil acesso o sentido do PERDÃO, pela ação de Jesus, o Cristo, diante da mulher adultera. Deixando de lado os sentidos figurativos ou literários bíblicos (pois senão teríamos que discutir sobre transgressão a lei e se de fato a mulher existiu, e se existiu, ela viria ser Madalena, e se teria sido, se ela se casou com Jesus e etc...), a tradução dos termos sugere que o “Ascendido” comenta que “...ele não a poderia julgá-la, e nem ninguém a poderia julga-la pelos eventuais erros ali apontados, POR ISSO e justamente por isso, a mulher estaria naquele momento LIVRE, mas com a condição de que não mais se cometesse pecados...”

Ora, se Jesus do alta sua AUTORIDADE MORAL disse que “..não poderia julgá-la..”  , estaria Jesus reconhecendo que também era possuidor de erros que tinham ao fiel da balança, peso equivalente ao erro daquela mulher?

Ainda do alto da sua condição, quando ele diz “...TE LIBERTO, vá e não cometa mais pecados..”, Jesus estaria se referindo a situação de que, o que eventualmente a mulher tenha cometido, VEIO A OFENDER a própria pessoa de Jesus?

Pois aqui me vem o nó: SE O SENTIDO DO PERDÃO É QUE EU ME LIBERTE DE OFENSAS, como posso PERDOAR (pelo simples prazer da pratica) ALGO QUE NÃO TENHA SIDO uma ofensa de fato em minha direção, destino? O versículo sugere mesmo um perdão? SE SIM, qual a ofensa que a mulher teria cometido a Jesus, para que este viesse a perdoa-la? Se mesmo Jesus disse (guardado a informação bíblica) que “..não poderia julgá-la, e nem ninguém ali..”, nem Jesus poderia julgá-la?

Em sendo verdade a palavra de “...atire a primeira pedra aquele que NUNCA PECOU...” e com isso ninguém atirou pedra alguma, inclusive Jesus também tinha seus pecados, que o colocava na condição dos demais?

Entenderam o nó?

Se este é o exemplo do PERDÃO, antes precisaríamos saber mais sobre o que se trata AS OFENSAS.

Se tenho comigo pecados dos quais exercito a situação do AUTO PERDÃO (constante, pois jamais estarei perdoado em plenitude), aquele que me dirige a ofensa, do qual cometeu o ato que me tenha feito ofendido, não estaria então “..me lembrando..” que eu tenha ainda um comportamento do qual a palavra, ato ou gesto, tocou na ferida do que é o meu ego e orgulho?

Se é cíclico, e se HOJE ME PERDOO, e amanha eu preciso me perdoar novamente, qual o tamanho do perdão que eu me AUTO PRATIQUEI ontem?

Se foi raso, vil, ao ponto de que PRECISO permanecer em estado constante de vigília, e em auto proclamação do PERDÃO (primeiro a mim, para depois aos outros), reconheço que cometo erros de forma indiscriminada, e que me caem a consciência, que me vitimizam, e que POR RECONHECE-LOS, preciso me perdoar?

Outro nó.

Permanecer nesse movimento CÍCLICO, dá margem ao estabelecimento de CRENÇAS (no sentido de acreditar que) LIMITANTES (que me limitam ir além do que eu estou e chegar próximo do que eu quero)?

Se preciso me perdoar constantemente, se preciso ter isso como hábito de vida, intimo, afim de que o PERDÃO seja algo presente (pois, PERDÃO E OFENSA precisam andar juntos, pois senão, não tem sentido existir um deles ali), se ME OFENDO quando o meu irmão do lado vem a mim de forma arredia, ignorante as vezes, e me apequeno, permitindo com que o ato ou gesto dele/dela me INCOMODE (me fazendo sentir-se OFENDIDO por isso) e disso se faz um ciclo de vícios (eu preciso colocar sentido no perdão que eu emito, inclusive na ofensa que voce não me fez, pois o mote é o perdão), estou VICIOSAMENTE preso em uma CRENÇA LIMITANTE de que, enquanto não perdoar todo mundo e enquanto eu não me perdoar, enquanto eu não deixar de responder as OFENSAS (ou me sentir ofendido por nada) nada vai dar certo na minha vida?

Outro nó.

Se fiz disso um modo de vida, e se entendo subjetivamente QUE PRECISO PERDOAR ou praticar o AUTO PERDÃO, afim de que ao prazer pretendido quando alcanço a quem perdoar (ainda que seja minha própria pessoa), estou no primeiro momento ME SABOTANDO para depois ficar feliz pelo sentido do PERDÃO?

Outro nó.

LIMITO-ME de propósito (vitimando-me muitas vezes), afim de que eu me apequene e me ofenda sempre, para que eu possa “cristalizar” o perdão, para sentir o prazer na alma de ter perdoado?

Se SIM, A PRÓPRIA CRENÇA LIMITANTE que é a chave de todo sucesso e prosperidade, NÃO ABRE CADEADO algum, não liberta nada, pois pode ser que, o sentido ideológico do algo a ser LIBERTADO, precisa ser pautado nas premissas de que “..todo mundo tem um problema, e os que não tem ainda não os reconheceu, e os que reconheceram e já trataram, escondem outros problemas..” forma o CICLO onde, em redemoinho, vai tomando tudo e todos que estão em volta.

Vamos pensar.

CRENÇAS LIMITANTES sempre existiram, ou foi um corpo teorizado criado para dar margem aos gatilhos do PERDÃO?

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