..bom, pessoal...conforme
comentado, vamos dar um tiro rápido para avançarmos no contexto dos outros
estudos, até porque, em chegando médiuns novos, novos assuntos sobre o
MEDIUNISMO pratico, precisarão ser revistos, estudados novamente.
I – RESUMO SOBRE A UMBANDA
Sabemos que existem diversas
formas de rito de umbanda, assim como das religiões propriamente dito, onde
cada uma delas tem dentro de seus grupos, ramificações ou células, autônomas ou
não. No caso, é importante lembrar que O RITO DE UMBANDA é simples, e precisa
ser amparado no que o CABOCLO DAS 7 ENCRUZILHADAS disse a ZÉLIO DE MORAES, lá
em 1908, onde ele apenas exigiu “...vista o branco, um toco (banco) de madeira,
o evangelho de Jesus, e vamos trabalhar...” (não foi com essas palavras, mas
basicamente, foi isso). Não teve ali introdução ou exigência de atabaques,
fumo, bebidas, considerações do rito onde a figura do pai de santo se torna
maior que a própria figura da umbanda. A umbanda é simplicidade, e isso precisa
ser presado até hoje. Zélio nem guia tinha, ele passou a usar quando foi a ele
orientado a ramificação de seu orixá, então era uma forma de “identificação”,
mas Zélio e sua umbanda (umbanda tradicional) nunca foi CABALISTA.
Sabemos que atabaques e ritos de
dança (a proposta da gira, onde o médium roda para a incorporação) é absorvido
do candomblé, onde claro, na afeição de cada médium, naquilo que seu intimo lhe
encaminha, ele foi praticar. Dessa forma, muito umbandista depois foi se
descobrir de fato no candomblé, assim como muitos filhos candomblecistas foram
encontrar a paz no espirito, dentro da escola de umbanda, porém os modos e
costumes de uma ou outra religião, ficaram permanentes, e começaram em dado
momento, surgirem TEMPLOS onde existia essa mistura, sem prejuízo algum aos
atendimentos, pois para as entidades, o médium pode fazer o que for, e ela
espera pacientemente ali do lado, até que ele se prontifique ao TRANSE. Esse
papo de que “pomba gira quer batom/exu quer whisky” é dispensável, pois o
médium, em tendo conta de que não é necessário, DEIXA REGISTRADO essa
informação na mente, e “educa” com alguma proporção, a entidade a trabalhar NA
CARIDADE, sem usar de mecanismos físicos/ornamentais.
O fumo, porém, tem um sentido
magístico, pois ele é o DEFUMADOR que a entidade usa, de forma portátil, afim
de limpar o consulente que ali passa pelo atendimento. A bebida, porém, é
transmutada, sendo que o álcool (etílico) serve de ANISEPTICO ao corpo astral do
médium, ou seja, a entidade faz o uso para “limpar o corpo do médium” de
eventuais sujeiras que o consulente deseja.
Mas tanto o fumo quanto a bebida,
não precisam estar presentes. A entidade que as usa (conhecedor de alta magia)
transmuta a água e faz dela marafo, transmuta a folha seca da planta do vaso e
faz dela defumador. O que ocorre no etéreo (vivemos num ambiente físico,
TRI-DIMENSIONAL e o etéreo é o ambiente METAFISICO, espiritual) a entidade
magistica só mostra ao médium se ela assim o desejar, fora isso, É SEGREDO DO
MAGICO, e assim permanecerá.
A relação do MÉDIUM com entidades
é puramente mental, por isso que o estudo e a boa pratica de cuidado com o
corpo e com a mente, faz do médium, a cada dia, um melhor RECEPTOR, lembrando
ainda que o papel da relação MÉDIUM X ENTIDADE não é apenas para que o médium
seja transmissor da entidade ali presente, mas também é uma relação de
EVOLUÇÃO, pois o médium bem aceite, passa a ser bem intuito dentro daquilo que
seu guia espiritual lhe considera como sendo útil a sua própria vida na terra,
de uma forma mais harmônica.
É por este fato que recebemos
muito mais informação de como vivermos de forma razoável e sadia aqui na terra,
do que afim de que possamos nos preparar para uma vida futura em alguma
colônia. Se estamos aqui e agora, É AQUI E AGORA que precisamos estar, e precisamos
cumprir os mecanismos propostos a nossa depuração (expiação), para enfim
galgarmos aspectos melhores dentro da nossa própria consciência, deixando de
lado a IGNORÂNCIA, e acomodando-nos de forma confortável (porém provisória) ao
caminho da SABEDORIA.
Sabemos (já estudamos) que a
umbanda passou por “fases” aqui neste planeta, que em primeiro momento ela
surge através de Zélio e as entidades CABOCLO DAS 7 ENCRUZILHADAS e PAI
ANTONIO, em 1908 e institui-se ali o RITO DE UMBANDA. Em meados de 1940, Sr. Benjamim
(médium de umbanda) recebe a primeira incorporação de CABOCLO MIRIM e depois de
EXU MIRIM, e estes trazem um primeiro sentido de TRANSIÇÃO DA UMBANDA,
explicando que ela já existia no astral, e que o papel de Zélio, embora
importante, SE FAZIA NECESSÁRIO ir adiante, até para explicar muita coisa que
tava sendo feito errado. É importante frisarmos que “mirim” não é criança, ok?
É “nome de guerra”, e que pode ter relação com ORIXÁ COSME E DAMIÃO, estes sim,
sincretizados na figura dos santos católicos que são representados como
crianças, mas que na verdade são homens de estatura baixa. Corrige-se ai,
através de Sr. Benjamim, muita coisa...mas muita coisa mesmo, a respeito do
rito de umbanda e seus fundamentos.
Passa o tempo e em meados de
1960, através de W.W. da Matta e Silva e sua relação de umbanda com Pai Guiné,
as informações da UMBANDA ESOTÉRICA, que busca dar inicio ao resgate do
pensamento/comportamento, da forma SAGRADA e ANCESTRAL da própria umbanda.
Sagrada, ao sentido de RELIGIOSIDADE (o religar com DEUS CRIADOR) e ancestral
no sentido de explicar que a UMBANDA, que já existia no astral, já teria vindo
aos homens na terra através de fragmentos, a diferentes povos. Ao africano, a
cultura e respeito aos orixás e suas origens, bem como a harmonia para com a
natureza. Ao asiático-oriental, a meditação e a relação com demais seres vivos,
ao asiático-ocidental, o conteúdo proposto da magia, através da kabala, e por
fim a correção do termo umbanda para AUM BHAN DHAM (conjunto das leis de Deus).
É na umbanda esotérica que surge
a explicação correta de que exu é agente do karma, e não entidade de vingança
ou do mal propriamente dito, que existem 7 orixás principais/virginais, e
explica/propõe uma visão COSMOLÓGICA do universo e de Deus, removendo a ideia
de uma figura máscula da criação, e colocando no lugar (propondo, claro) a
figura de UMA VONTADE + UMA AÇÃO que cria e que da liberdade ao todo criado.
A COSMOVISÃO, ou ESCOLA DE
COSMOVISÃO DA UMBANDA (ou NA umbanda) RESUME ISSO TUDO em um único movimento
filosófico, explica nossa função e motivo de permanência na terra, explica e
desvenda possibilidades e dotes mediúnicos, e
nos oferece caminho para a evolução, através da pratica do BEM. Explica
o SENTIDO DO SER e a sua existência, e sustenta que a sua EVOLUÇÃO vem através
de um CICLO harmonioso entre todos.
Neste aspecto, AJUDAMOS NÃO
PORQUE SOMOS INTERMEDIARIOS das energias do universo, mas porque entendemos que
ao semelhante, devemos COMPAIXÃO, e é por este motivo que, ao estimulo da nossa
VONTADE + AÇÃO, somos CO-CRIADORES e amplamente passíveis de criar micro
sistemas melhores, que sejam através das propostas da emissão do MAGNETISMO
PARA A CURA (até porque o magnetismo DE CURA, também pode deixar outrem doente,
enquanto PARA A CURA, ele já vai com propósito definido).
Até mais pessoa, bom final de
domingo e boa semana a todos.
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